sábado, 7 de setembro de 2013

LITURGIA DIÁRIA - 23º Domingo do Tempo Comum

 
Oração
Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Reino, afastando tudo quanto possa abalar a solidez de minha adesão a ti e a teu Filho Jesus.
Primeira leitura: Sb 9, 13-18
Leitura do livro da Sabedoria - 13Que homem, pois, pode conhecer os desígnios de Deus, e penetrar nas determinações do Senhor? 14Tímidos são os pensamentos dos mortais, e incertas as nossas concepções; 15porque o corpo corruptível torna pesada a alma, e a morada terrestre oprime o espírito carregado de cuidados. 16Mal podemos compreender o que está sobre a terra, dificilmente encontramos o que temos ao alcance da mão. Quem, portanto, pode descobrir o que se passa no céu? 17E quem conhece vossas intenções, se vós não lhe dais a Sabedoria, e se do mais alto dos céus vós não lhe enviais vosso Espírito Santo? 18Assim se tornaram direitas as veredas dos que estão na terra; os homens aprenderam as coisas que vos agradam e pela sabedoria foram salvos. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

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Salmos: Sl 89
          — Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós!
Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós!

Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,/ quando dizeis: "Voltai ao pó, filhos de Adão!" / Pois mil anos para vós são como ontem,/ qual vigília de uma noite que passou

—  
Eles passam como o sono da manhã,/ são iguais à erva verde pelos campos:/ De manhã ela floresce vicejante,/ mas à tarde é cortada e logo seca.

 Ensinai-nos a contar os nossos dias,/ e dai ao nosso coração sabedoria!/ Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?/ Tende piedade e compaixão de vossos servos!

 Saciai-nos de manhã com vosso amor,/ e exultaremos de alegria todo o dia!/ Que a bondade do Senhor e nosso Deus/ repouse sobre nós e nos conduza!/ Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
 
2° Leitura: Fl 9, 10.12-17
Leitura do da carta de são Paulo a Filêmon - Caríssimo: 9bEu, Paulo, velho como estou, e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, 10faço-te um pedido em favor do meu filho, que fiz nascer para Cristo na prisão, Onésimo. 12Eu o estou mandando de volta para ti. Ele é como se fosse o meu próprio coração. 13Gostaria de tê-lo comigo, a fim de que fosse teu representante para cuidar de mim nesta prisão, que eu devo ao Evangelho.
14Mas eu não quis fazer nada sem o teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas espontânea. 15Se ele te foi retirado por algum tempo, talvez seja para que o tenhas de volta para sempre, 16já não como escravo, mas, muito mais do que isso, como um irmão querido, muitíssimo querido para mim quanto mais ele o for para ti, tanto como pessoa humana quanto como irmão no Senhor. 17Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Lucas 14, 25-33
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

        Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 25Muito povo acompanhava Jesus. Voltando-se, disse-lhes: 26Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo. 28Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la? 29Para que, depois que tiver lançado os alicerces e não puder acabá-la, todos os que o virem não comecem a zombar dele, 30dizendo: Este homem principiou a edificar, mas não pode terminar. 31Ou qual é o rei que, estando para guerrear com outro rei, não se senta primeiro para considerar se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? 32De outra maneira, quando o outro ainda está longe, envia-lhe embaixadores para tratar da paz. 33Assim, pois, qualquer um de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser meu discípulo. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Atitude radical

Quais são as condições exigidas para seguir Jesus? O texto do evangelho deste domingo começa pela informação de que grandes multidões acompanhavam Jesus (cf. v. 25).

O que estas multidões buscavam? O que eles encontraram? Todos tinham a mesma intenção? Admiravam-se das palavras cheias de sabedoria, de sua autoridade, da sua compaixão, a ponto de alguns declararem se tratar da visita salvífica de Deus; outros tantos, porém, não eram capazes de ultrapassar o que os olhos contemplavam e reconhecer a verdadeira procedência de Jesus. Tudo isso, e muito mais, é suficiente para seguir Jesus Cristo?

A resposta do evangelho é negativa. É preciso, para segui-lo, uma atitude radical: “... renunciar a tudo o que tem” (v. 32) – esta é condição para ser discípulo de Cristo.

Entre os vv. 25 e 33 há uma inclusão, isto é, o tema que será desenvolvido entre estes dois versículos através das duas parábolas (vv. 28-30; 31-32). Nas parábolas, trata-se de prever, de medir forças, de saber calcular os riscos. Trata-se, noutras palavras, de sabedoria, de adequar as ambições aos meios de que se dispõe.

Para seguir Jesus é preciso fazer uma escolha. Em primeiro lugar estar disposto ao desapego. Sem desprezar a quem se ama, os familiares, é preciso não permitir que eles se constituam em obstáculo para o seguimento de Cristo. Se assim o fosse, não seria amor verdadeiro, mas possessão.

Mas o desapego tem de ser da própria vida. A defesa de interesses, privilégios e seguranças pessoais é incompatível com o seguimento de Cristo. Em segundo lugar é preciso aceitar o risco do seguimento de Cristo, a saber, a perseguição, o sofrimento. É exatamente isto que significa “carregar a cruz” (v. 27). Em terceiro lugar é preciso renunciar aos bens (v. 33). Trata-se, então, de renunciar, como exigência do seguimento de Jesus Cristo, às seguranças afetivas e materiais.

A quem se dispõe a seguir Jesus, desde o início, é exigido dele renunciar a tudo que possa ser um obstáculo para se colocar livremente a serviço do Reino de Deus. A segurança do discípulo é, antes de tudo, seu Senhor.

Como Santo Inácio de Loyola, podemos suplicar: “Dá-me o teu amor e a tua graça, e isto me basta. Nada mais quero pedir”.

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