terça-feira, 24 de setembro de 2013

ÉTICA E TV


padre-Brendan200Nos últimos cinco ou seis anos o povo brasileiro assistiu a um processo de deterioração pela qual passa, atualmente, aquele importantíssimo meio de comunicação social. Na programação da nossa TV predomina, atualmente, a difusão da violência em suas mais diferentes formas, acompanhados de vulgaridades e atentados contra o pudor público de um povo que, em geral, assiste tudo isso pacificamente sem oferecer críticas. Porém, a influência dos valores sendo apresentados na TV para o povo é enorme e, a meu ver, valores que são detrimentos ao povo. Hoje se exalta o ideal da doce vida e da permissividade moral, ao passo que os grandes valores morais e religiosos são qualificados como opostos à realização do indivíduo.

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Lembrando que o primeiro areópago dos tempos modernos é o mundo das comunicações e mais especificamente é a televisão e a internet. Às vezes, programas são elaborados de forma que parecem mais uma apologia da delinquência do que a repulsa a ela. Há novelas e programas que tratam sem o devido respeito itens como: religião, fé, casamento, fidelidade conjugal, amor, honestidade, aborto, pobreza, eutanásia e o sexo etc. Este último é banalizado e vulgarizado em alto grau. Acreditamos que relativamente poucos programas têm um conteúdo sério e coerente a serviço da educação, da cultura e do lazer. Não se pode tolerar a ostentação de licenciosidade ou libertinagem em novelas e programas de TV, nem cenas de violência ou sadismo, especialmente quando vão ao ar em horários acessíveis a crianças e adolescentes.

Obviamente ninguém quer de volta a censura, mas propugnamos para que as redes cessionárias de canais de TV obedecem às normas expressas na Constituição, especificamente no Art. 221, que diz que “A produção e a programação de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios” (Inciso l): “preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativos”, e (inciso lV): “respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”. Não há dúvida que os programas da TV alcançam tamanha importância que são para muitos o principal instrumento de informação e formação, de guia e inspiração dos comportamentos individuais. Os interesses econômicos, políticos, artísticos e de audiência nunca podem ser colocados acima da lei moral ou do bem comum. Nós, os receptores dos programas de TV, devemos cultivar um discernimento bem mais crítico perante o que a TV nos apresenta.

Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista
 

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