domingo, 24 de fevereiro de 2013

MONSENHOR OSCAR PEIXOTO



Ordenação Diaconal: 20/12/1952
Ordenação Sacerdotal: 28/02/1953
Provisão e outras atividades:
- Reitor da Capela São Judas Tadeu e Juiz do Tribunal Eclesiástico.
- Vice-Presidente da Providência Sacerdotal
Histórico Pastoral:
- 01/07/1956 – Trabalho com Dom Lustosa – até 1963;
- 1960 -Diretor da Cáritas;
- 29/06/1969 – Paróquia do Mondubim – até 1974;
- 11/03/1975 a 05/03/1981 - Paróquia de Fátima;
- Coordenação da Pastoral Arquidiocesana;
- 10/03/1981 a 03/04/1989 - Paróquia do Pio X;
- Ecônomo da Arquidiocese;
- Vigário Episcopal da Região Metropolitana II;
- 04/04/1989 Paróquia de Maracanaú até 01/11/1993;
- Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico;
- 01/11/1993 a 21/02/2005 - Paróquia de São Geraldo;
- Vice-Presidente da Providência Sacerdotal;
- 22/07/2006 – Reitor da Capela São Judas Tadeu.

Uma igreja em permanente missão

Repensar nosso modo de fazer missão significa avaliar que metodologia estamos utilizando, como este processo se torna educativo.

minialmir1Por Almir Magalhães*

Logo no início do Documento de Aparecida, há uma afirmação contundente que desafia nossa compreensão e consequentemente nosso modo de desenvolver nosso processo de evangelização. O documento afirma no n. 11 “A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino americanas e mundiais”.

Dois verbos dão ênfase à frase em apreço – repensar e relançar. Repensar nosso modo de fazer missão significa avaliar que metodologia estamos utilizando, como este processo se torna educativo, se vai amadurecendo o modo de compreender qual o papel da Igreja, sobretudo quando se volta para si mesma para tomar consciência de que é servidora do mundo, se todos os que estão envolvidos no processo são considerados como interlocutores e não destinatários, numa relação simétrica, dialógica e não autoritária, se leva em consideração a articulação entre os três eixos fundamentais do significado da missão no referido documento = discipulado-missão-vida, dando uma compreensão total dos elementos constitutivos da missão.

Repensar e relançar a missão numa sociedade em profundas e rápidas mudanças significa não repetir fórmulas que podem ser consideradas caducas que foram válidas para determinado momento da história mas que hoje não ajudam na transmissão da fé. Neste sentido, vale a pena avaliar toda a nossa pastoral, seja ela de preparação para a recepção dos sacramentos ou outras mediações, que precisam ser pastorais conteúdos missionários.

Repensar e relançar a missão significa aproximar-se de duas práticas que têm um peso popular muito grande, que são as missões populares e visitas missionárias. No que diz respeito às missões populares, geram a impressão de que podem tornar nossas paróquias mais missionárias. Elas podem ser consideradas como um momento de animação missionária de valor, mas não transformam nossas paróquias, porquanto, terminado o processo das mesmas, as paróquias continuam com a mesma estrutura, a catequese de iniciação à vida cristã (batismo, 1a. Eucaristia e Crisma) continuam com a fórmula anterior, não conduzem para aquilo que está destacado acima, para o discipulado (seguimento de Jesus) e não toca na vida das pessoas especialmente aquelas mais machucadas que precisam da nossa solidariedade, não encara os desafios do meio ambiente.

Por outro lado, tem-se desenvolvido muito hoje em dia em nossas atividades as visitas domiciliares. Considero-as importantíssimas porque se trata de uma atividade que põe as pessoas em contato mútuo, numa perspectiva de relacionamento, desde que se constituam em um ministério da visitação, como atividade permanente, com os missionários sendo preparados para exercerem tal ministério, evitando assim improvisações que podem causar embaraços. Muitas experiências negativas têm acontecido neste campo, quando estas visitas são utilizadas para se saber quem não é casado, batizado, ainda não fez primeira eucaristia… ora, afinal de contas o agente externo, o visitador, está “invadindo” um ambiente que não é seu. Estas visitas podem também se revestir de uma eficácia enorme, quando o missionário faz discretas anotações daquilo que percebeu e a paróquia institui um momento de partilha e socialização da experiência, não apenas para uma avaliação da iniciativa em si, mas também das percepções de fatos da vida das pessoas que exigem a solidariedade e a presença da comunidade eclesial como resposta, como testemunho.

Uma igreja (paróquia) em estado permanente de missão irradia o anúncio do evangelho em todo o seu território. Descentralizando este território em setores ou áreas, dá vida aos mesmos e no processo de evangelização gesta proximidade entre as pessoas e visibilidade da comunidade eclesial. Não basta descentralizar, é importante que estes setores se movimentem, tenham vida eclesial.

O Documento de Aparecida já tem cinco anos de existência. Que provocações ele despertou em sua paróquia?

*Almir Magalhães é padre da Arquidiocese de Fortaleza, diretor Geral da Faculdade Católica de Fortaleza e mestre em Missiologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana.

Artigo publicando no JORNAL O POVO  no dia 17 de fevereiro de 2012.

“Deus é caridade: da caridade de Deus tudo provém, por ela tudo forma, para ela tudo tende” (Papa Bento XVI)

Na Carta Encíclica, Caritas in Veritate, dos documentos pontifícios, Bento XVI chama a atenção para temas contemporâneos como os desvios e esvaziamento do sentido da caridade na atualidade, que a excluem da vida ética, e ainda impedem a sua correta valorização. No documento intitulado “O Desenvolvimento Humano Integral na Caridade e na Verdade”, Bento dedica aos bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas, fiéis leigos, e a todos as pessoas de boa vontade, uma intensa reflexão sobre a caridade, via mestra da doutrina social da Igreja.
“A caridade é amor recebido e dado; é graça. A sua nascente é o amor fontal do Pai pelo Filho no Espírito Santo. É amor, que, pelo filho, desce sobre nós. É amor criador pelo qual existimos; amor redentor, pelo qual somos recriados.”. Descreve um trecho da Carta.
Perante uma realidade de um mundo cada vez mais individualista, o Sumo Pontífice faz um chamamento ao “bem comum”. “Amar alguém é querer o seu bem e trabalhar eficazmente pelo mesmo. Ao lado do bem individual, existe um bem ligado à vida social das pessoas: o bem comum. É o bem daquele “nós-todos”, formados por indivíduos, famílias e grupos intermediários que se unem em comunidade social. Não é um bem procurado por si mesmo, mas para as pessoas que fazem parte da comunidade social e que, só nela, podem realmente e com maior eficácia obter o próprio bem. Querer o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça e de caridade.”
O papa ainda questiona o sentido e os critérios que a sociedade se baseia para “diferenciar” os seres humanos. “A vocação ao progresso impele os homens a “realizar, conhecer e possuir mais, para ser mais”. Aqui levanta-se o problema, sobre o que significa “ser mais”? Para responder a esta indagação Bento XVI lembra Paulo VI: “O que conta para nós é o homem, cada homem, cada grupo de homens, até se chegar à humanidade inteira”.
Notícia da CNBB

“Crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação” (Papa Bento XVI)

Ao proclamar o Ano da Fé, o papa Bento XVI publicou a carta apostólica Porta Fidei, em 11 de outubro de 2011. No texto, ele recorda que o centro da atenção eclesial deve estar no encontro com Jesus Cristo e na beleza da fé nele. “Só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior, porque tem sua origem em Deus”.

Retomando a celebração do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, o papa vê essa oportunidade como ocasião para que a Igreja se renove, especialmente através do testemunho de vida de quem crê. “De fato, os cristãos são chamados a brilhar, com sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou (…). Nessa perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.

O desejo do Santo Padre é de que o Ano da Fé suscite, em cada cristão, o desejo de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. “Esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada e refletir sobre o próprio ato com que se crê é um compromisso que cada crente deve assumir”.

Ao delinear o percurso que o cristão deve fazer para compreender o conteúdo da fé, o papa elenca aspectos importantes da unidade entre o ato com que se crê e os conteúdos a que damos assentimento. “O professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos”. Desta forma, a profissão de fé se torna um ato simultaneamente pessoal e comunitário. “De fato, o primeiro sujeito da fé é a Igreja”.

Bento XVI também assinala na carta que o Catecismo da Igreja Católica é um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quem tem a incumbência da formação dos cristãos. “De fato, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogações, que provêm de uma mentalidade divergente que hoje, de forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. A Igreja, porém, nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade”.

Por fim, o papa recorda que o Ano da Fé é uma ocasião de intensificar o testemunho da caridade. “A fé sem caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar seu caminho. De fato, não poucos cristãos dedicam amorosamente sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo”.

Confira a íntegra do documento, clicando aqui.

Lançamento e Coletiva da CF 2013 em Fortaleza


cfA Arquidiocese de Fortaleza realizou no dia 13 de fevereiro, às 14 horas, no Centro de Pastoral “Maria, Mãe da Igreja”, o Lançamento e Coletiva da Campanha da Fraternidade 2013 que este ano tem como tema “Fraternidade e Juventude” e lema “Eis-me aqui, envia-me!” (uma citação do Profeta Isaías, 6,8). A CF 2013 tem como objetivo acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
A mesa foi composta por autoridades eclesiais, Dom José Antonio A. Tosi Marques – Arcebispo de Fortaleza, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos – Bispo Auxiliar de Fortaleza, Dom Rosalvo Cordeiro de Lima – Bispo Auxiliar de Fortaleza, Padre Francisco José Duarte de Medeiros – Assessor Eclesiástico do Setor Juventude da Arquidiocese de Fortaleza, Padre Denys Lima – Coordenador Regional da Jornada Mundial da Juventude e Irmão Joilson Toledo - Irmão Marista e membro da Equipe da CF da Arquidiocese, representantes da sociedade civil municipal e estadual de Políticas Públicas da Juventude, José Elcio Batista - Secretário de Juventude de Fortaleza, Ismênio Bezerra - Coordenador Especial de Políticas Públicas de Juventude do Estado do Ceará, Nilson - representante da Pastoral da Juventude no Conselho Estadual de Juventude e dois jovens do Setor de Juventude da Arquidiocese de Fortaleza – SEJAF, Lucas Guerra e Raul Bezerra.
Também foi apresentada por Isabel Cristina Forte da Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza a prestação de contas do Fundo Diocesano de Solidariedade, referente ao gesto concreto da Coleta Nacional de Solidariedade que é realizada no Domingo de Ramos e que no ano de 2012 apoiou vários projetos.
Estiveram presentes ao evento sacerdotes, diáconos, religiosas, autoridades, representantes das comunidades, pastorais sociais, movimentos e organismos da Arquidiocese, como também Profissionais de Comunicação (Rádios, Jornais, Televisão e Mídias Sociais) e membros da Pastoral da Comunicação – PASCOM.



Confira imagens - Silvio Martins – Pascom da Região Episcopal Bom Jesus dos Aflitos

Palavra do Pastor


Encontro marcado com os jovens.
Este ano de 2013 nos convoca de modo todo particular a um encontro marcado com os jovens. Evento central será a JMJ – Jornada Mundial da Juventude com o encontro do Santo Padre com os jovens na cidade do Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho.
Precede a JMJ uma programação preparatória que está se desenvolvendo em toda a Igreja, especialmente no Brasil, sede da Jornada. Acontecerá na semana anterior à JMJ, nas dioceses de todo o Brasil, a Semana Missionária. A mesma reunirá os jovens locais e jovens peregrinos que assim desejarem, vindos de todos os cantos da Terra. As dioceses com suas paróquias e comunidades estão se preparando para receber os jovens peregrinos da JMJ e a Semana Missionária com sua programação própria.
A este encontro mais amplo marcado com os jovens, acresce-se a Campanha da Fraternidade 2013 dedicada à Juventude no tempo da Quaresma em sua preparação para a Solenidade da Páscoa. Inicia-se a CF 2013 na Quarta-feria de Cinzas, dia 13 de fevereiro, dia em que começa o Tempo Quaresmal. Fraternidade e Juventude é o tema. “Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)” é o lema. “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para o seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundada na cultura da vida, da justiça e da paz” é o objetivo desta Campanha.
Temos assim um encontro marcado com os jovens para acolhê-los com todo amor que nos vem de Deus e com toda a esperança humana no novo da vida. Assim será possível oferecer aos jovens uma oportunidade de encontro pessoal com Jesus Cristo, que realizará com eles o projeto de uma vida plena. Deste encontro que é conjunto surge a comunhão eclesial e comunitária que os sustenta na caminhada da vida – para que possam contribuir com seus próprios dons e talentos para o bem de todos. Vidas úteis e significativas. Teremos na jovem geração os agentes do novo, os construtores da esperança , os protagonistas da civilização do amor e do bem comum.
E como estamos vivendo, por proposta do Santo Padre Bento XVI, o Ano da Fé (de 11 de Outubro de 2012 até 24 de Novembro de 2013), nada melhor que oferecer aos jovens o dom maravilhoso do Amor de Deus que nos é dado na Fé. Instrumento desta proposta respeitosa do encontro com Deus Pai em Cristo é o Catecismo da Igreja Católica, onde se apresenta a doutrina da Fé Cristã – luz e vida.
Ampliando e concretizando o chamado feito por Deus aos jovens, e por iniciativa das diversas forças jovens presentes no Setor Juventude da Arquidiocese de Fortaleza, estaremos nos sábados da Quaresma (16 e 23 de fevereiro; 9 e 16 de março) nos encontrando com os jovens na Catedral Metropolitana para uma tarde de partilha de Fé.
Como bem dizia o Beato Papa João Paulo II: “evangelizar é oferecer a Fé de modo respeitoso à inteligência e à liberdade das pessoas”.
Assim os mesmos jovens se unem conosco para este testemunho que leve outros companheiros de juventude à resposta: “Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)”.
O que sabemos enfim é que Jesus tem um encontro marcado com os jovens; é que nós mesmos com Ele temos um encontro marcado com os jovens.



+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tráfico Humano


padre-Brendan200Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald*

Um relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) coloca o Brasil como rota oficial do tráfico humano. O documento divulgado em dezembro passado rastreou a situação em 136 países, nos cinco continentes, e detectou a ocorrência de tráfico em 118 deles. Muitas pessoas não têm noções claras sobre em que consiste tráfico de pessoas. Foi definido assim: “O tráfico de pessoas ocorre quando seres humanos são negociados, transportados, recrutados ou aliciados para fins de exploração”. É fato conhecido que o trafico humano acontece no Brasil. As vítimas incluem homens, mulheres e crianças, normalmente aliciados para diversas fins. Entre estes fins os mais comuns são a exploração sexual e o trabalho escravo. O coordenador da Unidade de Governança e Justiça do UNODC Rodrigo Vitória afirma: “Em especial mulheres e crianças brasileiras do sexo feminino sofrem exploração sexual em países da Europa”. Frequentemente as vítimas são enganadas e iludidas pelos traficantes com falsas promessas de bons empregos e excelentes salários. O aliciamento acontece frequentemente em boates, casas noturnas, casas de massagem, motéis e prostíbulos etc. Os criminosos nesta área também usam classificados em jornais, revistas e até na Internet para enganar as vítimas.

Muitas pessoas que são vítimas do tráfico humano são pessoas de pouca escolaridade e de baixo nível de classe social, e os traficantes valem-se dos medos inerentes nas vítimas de suas condições de imigrantes. Normalmente eles têm medo de chamar a polícia, e pessoas que percebem a exploração das vítimas têm medo de denunciá-las por causa de possíveis represálias. Desde o ano 2006, o Brasil possui a Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas aprovado pelo decreto federal 5.948/2006. É muito importante alertar pessoas contra este terrível crime que tem penas de 3 a 8 anos de reclusão.

Aqui no Ceará o Governo do Estado através da Secretaria de Justiça e Cidadania e o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas estão fazendo um grande esforço para combater este tipo de tráfico e especialmente a exploração sexual. Uma pessoa que não vê nada de bom em seu futuro arriscará tudo para ter uma oportunidade e, entre os riscos que correrá, está também o de ser vítima de tráfico.

Manter-se longe dos traficantes assim: a) desconfiando, mesmo se as propostas de bom trabalho forem de amigos ou conhecidos; b) embora que histórias de sucesso na prostituição no exterior (ou no Brasil) são raras, mesmo assim são usadas como iscas pelos aliciadores; c) tenha em mente que uma proposta para trabalho em outro país não acontece tão facilmente e que geralmente esconde escravidão humana; d) nunca entregue seu passaporte a quem fez a proposta de trabalho; e) se precisar de ajuda, procure a Polícia Federal ou o consulado brasileiro mais próximo; f) busque informações e denuncie pela central telefônica 180 ou através do site www.mj.gov.br . No Ceará pode denunciar casos suspeitos ao: Governo do Estado (85)3454.2199 ou a Polícia Federal (Nacional) (61) 2024.8044.

* Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1.

Papa estuda possibilidade de “Motu Proprio” para esclarecer pontos do Conclave, afirma Pe. Lombardi


PadreLombardi400Durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 20 de fevereiro, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, afirmou que “o Papa está considerando a possibilidade da publicação de um Motu Proprio, nos próximos dias, obviamente antes do início da Sé Vacante, para precisar alguns pontos particulares da Constituição apostólica sobre o Conclave, pontos estes que ao longo dos últimos anos foram apresentados”.

O religioso não soube dizer se o Pontífice vai considerar necessário ou oportuno fazer este esclarecimento sobre a questão do tempo de início do Conclave. “Se e quando o documento será publicado o veremos. O que me resulta é o estudo, por exemplo, de alguns pontos de detalhe para a plena harmonização com outro documento que diz respeito ao conclave, ou seja, o Ordo Rituum Conclavis”, prosseguiu Pe. Lombardi.

De acordo com o porta-voz, a decisão depende apenas da avaliação de Bento XVI, que julgará ou não ser necessária a publicação de um documento como este.

POR: CNBB / RÁDIO VATICANO

Encontro marcado com os jovens

Encontro marcado com os jovens.


Este ano de 2013 nos convoca de modo todo particular a um encontro marcado com os jovens. Evento central será a JMJ – Jornada Mundial da Juventude com o encontro do Santo Padre com os jovens na cidade do Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho.

Precede a JMJ uma programação preparatória que está se desenvolvendo em toda a Igreja, especialmente no Brasil, sede da Jornada. Acontecerá na semana anterior à JMJ, nas dioceses de todo o Brasil, a Semana Missionária. A mesma reunirá os jovens locais e jovens peregrinos que assim desejarem, vindos de todos os cantos da Terra. As dioceses com suas paróquias e comunidades estão se preparando para receber os jovens peregrinos da JMJ e a Semana Missionária com sua programação própria.

A este encontro mais amplo marcado com os jovens, acresce-se a Campanha da Fraternidade 2013 dedicada à Juventude no tempo da Quaresma em sua preparação para a Solenidade da Páscoa. Inicia-se a CF 2013 na Quarta-feria de Cinzas, dia 13 de fevereiro, dia em que começa o Tempo Quaresmal. Fraternidade e Juventude é o tema. “Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)” é o lema. “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para o seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundada na cultura da vida, da justiça e da paz” é o objetivo desta Campanha.

Temos assim um encontro marcado com os jovens para acolhê-los com todo amor que nos vem de Deus e com toda a esperança humana no novo da vida. Assim será possível oferecer aos jovens uma oportunidade de encontro pessoal com Jesus Cristo, que realizará com eles o projeto de uma vida plena. Deste encontro que é conjunto surge a comunhão eclesial e comunitária que os sustenta na caminhada da vida – para que possam contribuir com seus próprios dons e talentos para o bem de todos. Vidas úteis e significativas. Teremos na jovem geração os agentes do novo, os construtores da esperança , os protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

E como estamos vivendo, por proposta do Santo Padre Bento XVI, o Ano da Fé (de 11 de Outubro de 2012 até 24 de Novembro de 2013), nada melhor que oferecer aos jovens o dom maravilhoso do Amor de Deus que nos é dado na Fé. Instrumento desta proposta respeitosa do encontro com Deus Pai em Cristo é o Catecismo da Igreja Católica, onde se apresenta a doutrina da Fé Cristã – luz e vida.

Ampliando e concretizando o chamado feito por Deus aos jovens, e por iniciativa das diversas forças jovens presentes no Setor Juventude da Arquidiocese de Fortaleza, estaremos nos sábados da Quaresma (16 e 23 de fevereiro; 9 e 16 de março) nos encontrando com os jovens na Catedral Metropolitana para uma tarde de partilha de Fé.

Como bem dizia o Beato Papa João Paulo II: “evangelizar é oferecer a Fé de modo respeitoso à inteligência e à liberdade das pessoas”.

Assim os mesmos jovens se unem conosco para este testemunho que leve outros companheiros de juventude à resposta: “Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)”.

O que sabemos enfim é que Jesus tem um encontro marcado com os jovens; é que nós mesmos com Ele temos um encontro marcado com os jovens.



+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

“Crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação” (Papa Bento XVI)

Ao proclamar o Ano da Fé, o papa Bento XVI publicou a carta apostólica Porta Fidei, em 11 de outubro de 2011. No texto, ele recorda que o centro da atenção eclesial deve estar no encontro com Jesus Cristo e na beleza da fé nele. “Só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior, porque tem sua origem em Deus”.

Retomando a celebração do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, o papa vê essa oportunidade como ocasião para que a Igreja se renove, especialmente através do testemunho de vida de quem crê. “De fato, os cristãos são chamados a brilhar, com sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou (…). Nessa perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.

O desejo do Santo Padre é de que o Ano da Fé suscite, em cada cristão, o desejo de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. “Esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada e refletir sobre o próprio ato com que se crê é um compromisso que cada crente deve assumir”.

Ao delinear o percurso que o cristão deve fazer para compreender o conteúdo da fé, o papa elenca aspectos importantes da unidade entre o ato com que se crê e os conteúdos a que damos assentimento. “O professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos”. Desta forma, a profissão de fé se torna um ato simultaneamente pessoal e comunitário. “De fato, o primeiro sujeito da fé é a Igreja”.

Bento XVI também assinala na carta que o Catecismo da Igreja Católica é um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quem tem a incumbência da formação dos cristãos. “De fato, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogações, que provêm de uma mentalidade divergente que hoje, de forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. A Igreja, porém, nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade”.

Por fim, o papa recorda que o Ano da Fé é uma ocasião de intensificar o testemunho da caridade. “A fé sem caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar seu caminho. De fato, não poucos cristãos dedicam amorosamente sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo”.

Confira a íntegra do documento, clicando aqui.