sábado, 29 de junho de 2013

30JUN2013São Pedro e São Paulo – Domingo 30/06/13

DIA 30 DE JUNHO - DOMINGO

SÃO PEDRO E SÃO PAULO 
(VERMELHO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE)

Antífona da entrada: Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.
Oração do dia
Senhor nosso Deus, concedei-nos os auxílios necessários à salvação pela intercessão dos apóstolos são Pedro e são Paulo, pelos quais destes à vossa Igreja os primeiros benefícios da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Leitura dos Atos dos Apóstolos 12,1-11)
12 1 Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes mandou prender alguns membros da Igreja para os maltratar.
2 Assim foi que matou à espada Tiago, irmão de João.
3 Vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro. Eram então os dias dos pães sem fermento.
4 Mandou prendê-lo e lançou-o no cárcere, entregando-o à guarda de quatro grupos, de quatro soldados cada um, com a intenção de apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.
5 Pedro estava assim encerrado na prisão, mas a Igreja orava sem cessar por ele a Deus.
6 Ora, quando Herodes estava para o apresentar, naquela mesma noite dormia Pedro entre dois soldados, ligado com duas cadeias. Os guardas, à porta, vigiavam o cárcere.
7 De repente, apresentou-se um anjo do Senhor, e uma luz brilhou no recinto. Tocando no lado de Pedro, o anjo despertou-o: “Levanta-te depressa”, disse ele. Caíram-lhe as cadeias das mãos.
8 O anjo ordenou: “Cinge-te e calça as tuas sandálias”. Ele assim o fez. O anjo acrescentou: “Cobre-te com a tua capa e segue-me”.
9 Pedro saiu e seguiu-o, sem saber se era real o que se fazia por meio do anjo. Julgava estar sonhando.
10 Passaram o primeiro e o segundo postos da guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo. Saíram e tomaram juntos uma rua. Em seguida, de súbito, o anjo desapareceu.
11 Então Pedro tornou a si e disse: “Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus”.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 33/34
De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

Bendirei o Senhor Deus em todo tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.

O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
Leitura (2 Timóteo 4,6-8. 17-18)
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.
4 6 Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima.
7 Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
8 Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.
17 Contudo, o Senhor me assistiu e me deu forças, para que, por meu intermédio, a boa mensagem fosse plenamente anunciada e chegasse aos ouvidos de todos os pagãos. E fui salvo das fauces do leão.
18 O Senhor me salvará de todo mal e me preservará para o seu Reino celestial. A ele a glória por toda a eternidade!
Evangelho (Mateus 16,13-19)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir a minha igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la (MT16,18)

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 16 13 chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?”
14 Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”.
15 Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?”
16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
17 Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.
18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
FÉ E MISSÃO
A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer.
Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido.
Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada até o fim.

Oração

Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que a oração de vossos apóstolos acompanhe as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas e nos alcance celebramos este sacrifico com o coração voltado para vós. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Pedro disse a Jesus: Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo. Jesus lhe respondeu: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei (MT 16,16.18).
Depois da comunhão
Concedei-nos, ó Deus, por esta eucaristia, viver de tal modo na vossa Igreja, que, perseverando na fração do pão e na doutrina dos apóstolos, e enraizados no vosso amor, sejamos um só coração e uma só alma. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO PEDRO E SÃO PAULO)
A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo. 

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. 

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero. 

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre. 

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade. 

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios". 

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

O Papa Francisco não quer bispos príncipes

O Papa Francisco não quer bispos príncipes



Juiz de Fora (RV) - Fiquei encantado com a alocução do Santo Padre Francisco aos cento e cinqüenta núncios apostólicos da Igreja Católica em todo o mundo quando ele disse com uma luminosidade de um enamorado por Nosso Senhor Jesus Cristo: que em primeiro lugar, que sejam próximos ao povo, pacientes e misericordiosos. Que amem a pobreza interior, entendida como liberdade para o Senhor, e exterior, feita de simplicidade e austeridade de vida. Que não ambicionem o episcopado nem tenham uma psicologia de “príncipes”. Enfim, que sejam capazes de conduzir, guiar e cuidar do seu rebanho.
O Papa Francisco advertiu aos Núncios Apostólicos contra o perigo, também para os homens da Igreja, daquilo que De Lubac designava como “mundanidade espiritual”: ceder ao espírito do mundo, que leva a agir para a própria realização e não para a glória de Deus – uma espécie (disse) de “burguesia do espírito e da vida” que leva a conformar-se, a procurar uma vida cômoda e tranqüila”. 
O Papa Francisco, recordando o clássico “Diário da Alma”, do Beato João XXIII, que afirmava ter compreendido cada vez melhor que, para bem realizar a sua missão (de representante pontifício) tinha que se concentrar no essencial – Cristo e o Evangelho, caso contrário corre-se o risco de cair no ridículo uma missão santa.“São palavras fortes, mas verdadeiras: ceder ao espírito mundano expõe - sobretudo a nós, Pastores – ao ridículo: poderemos porventura receber aplausos, mas esses mesmos que pareçam aprovar-vos, criticar-vos-ão depois, pelas costas”. 
Os Núncios Apostólicos devem ser bispos e não diplomatas apenas, por isso que Papa Francisco insistiu em sublinhar que os representantes pontifícios são todos Pastores: “Somos Pastores” Isto, nunca podemos esquecê-lo. Vós, caros Representantes pontifícios, sois presença de Cristo, sois presença sacerdotal, de Pastores… sois Pastores que servem a Igreja, com a função de encorajar, de serdes ministros de comunhão, e também com a tarefa, nem sempre fácil, de corrigir. Fazei sempre tudo com profundo amor… Procurai sempre o bem, o bem de todos, o bem da Igreja e de cada pessoa”. Na parte final da sua alocução aos Núncios Apostólicos, o Papa Francisco referiu “um dos pontos mais importantes do seu serviço: a colaboração para as nomeações episcopais, indicando alguns critérios a ter em conta nessa “delicada tarefa”.
Há muito tempo tenho advertido acerca das promoções dos bispos para arcebispos, em critérios muitas vezes mais de carreiristas do que de homens que cheiram o cheiro do povo. O Papa Francisco quer pastores que sejam pastores, que conheçam as suas ovelhas: “que os candidatos sejam Pastores próximos das pessoas (este é o primeiro requisito), pais e irmãos, sejam mansos, pacientes, misericordiosos; amem a pobreza - interior, como liberdade para o Senhor, e também exterior, como simplicidade e austeridade de vida, que não tenham uma psicologia de “príncipes”. “Sede atentos a que não sejam ambiciosos, que não procurem o episcopado” – insistiu o Papa, acrescentando ainda: “que sejam esposos de uma Igreja, sem passarem o tempo à procura de outra”. Finalmente, os Pastores “saibam ir à frente do rebanho a indicar o caminho, no meio do rebanho para o manter unido, e atrás do rebanho para evitar que alguém fique para trás e para que o rebanho aprenda a encontrar o caminho. Um bom candidato a bispo é precisamente alguém que não se esforça por chegar a essa posição, considera o Papa Francisco.
O Papa Francisco explicou que um bispo tem a Igreja por esposa e não anda constantemente à procura de outra, em claro carreirismo, como que em cinco anos em cada lugar, pulando de galho em galho. Por isso, o Papa Francisco descreveu um bom candidato a bispo como sendo “manso, paciente, próximo das pessoas” e desprovido de qualquer “psicologia de príncipe”, de pessoa que quer ser apenas o maior, o que manda, o que aparece nas mídias sociais e se esquecem das suas ovelhas.
Os bispos não são expressão de uma estrutura, nem de uma necessidade organizativa. O Papa Francisco alertou para a falta de vigilância, porque até mesmo um grande amor, quando não é alimentado, seca e morre: “A falta de vigilância torna o pastor morno, distraído, esquecido e até indiferente; seduz-se com a perspectiva da carreira, com a lisonja do dinheiro e os compromissos com o espírito deste mundo; fica preguiçoso, transforma-se num funcionário, num clérigo de Estado, mais preocupado consigo, com a organização e a estrutura do que com o verdadeiro bem do povo de Deus”, sublinhou o Papa. 
O Santo Padre Francisco traçou para os bispos o perfil do autêntico pastor: "Ser pastor significa dispor-se a caminhar no meio e atrás do rebanho; ser capaz de ouvir a história silenciosa de quem sofre e de apoiar o passo de quem receia não ser capaz; é estar atento para ajudar a levantar, a serenar e incutir esperança, a pôr de lado toda a espécie de preconceito e inclinar-se sobre todos quantos o Senhor confiou à nossa solicitude." O Papa disse ainda que o bispo deve estar disponível para todos, a começar pelos sacerdotes, para quem a porta deve estar sempre aberta, ouvi-los, tratá-los bem e jamais puni-los como se fosse um inquisidor.
Que os bispos possam de fato, fazer como eu sempre fiz: "viver uma vida simples e autenticamente cristã". Que nós bispos sejamos sempre simples. Jamais tive receio, como meu antecessor, de ,enquanto possível, utilizar coletivos em vez do carro particular. Isso nos torna mais próximos e credíveis ao povo. O povo fica horrorizado com o triunfalismo de príncipes. Sejamos pastores e somente pastores do povo!
+ Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG).



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/29/o_papa_francisco_n%C3%A3o_quer_bispos_pr%C3%ADncipes/bra-705881
do site da Rádio Vaticano 

PAPA FRANCISCO

Papa e bispos devem crescer em colegialidade, afirma Francisco na imposição do pálio



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado à Santa Missa na Basílica Vaticana, por ocasião da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (no Brasil será celebrada neste domingo, 30), padroeiros da Igreja de Roma.

A cerimônia teve início com o rito da imposição do pálio, símbolo de comunhão com o Bispo de Roma, a 34 novos Arcebispos metropolitanos, entre os quais três brasileiros: Dom Antônio Carlos Altieri, da Arquidiocese de Passo Fundo (RS), Dom Sérgio Eduardo Castriani, Arcebispo de Manaus (AM), e Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP).

A presença de Bispos de todo o mundo, disse o Papa em sua homilia, torna esta festa ainda mais jubilosa, pois constitui uma enorme riqueza que faz reviver, de certa forma, o evento de Pentecostes: “Hoje, como então, a fé da Igreja fala em todas as línguas e quer unir os povos numa só família”.

O Pontífice desenvolveu três pensamentos sobre o ministério petrino, guiados pelo verbo “confirmar”. Em primeiro lugar, confirmar na fé. O Evangelho fala da confissão de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”, uma confissão que não nasce dele, mas do Pai celeste. É por causa desta confissão que Jesus diz: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. “O papel, o serviço eclesial de Pedro tem o seu fundamento na confissão de fé em Jesus, o Filho de Deus vivo, tornada possível por uma graça recebida do Alto”, explicou Francisco, que todavia advertiu para o perigo de pensar de forma mundana. 

“Quando deixamos prevalecer os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, a lógica do poder humano e não nos deixamos instruir e guiar pela fé, por Deus, tornamo-nos pedra de tropeço. A fé em Cristo é a luz da nossa vida de cristãos e de ministros na Igreja!”

Em segundo lugar, o Bispo de Roma é chamado a confirmar no amor. Na segunda leitura, São Paulo diz: “Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel”. O combate ao qual o Apóstolo se refere não é o das armas humanas, “que infelizmente ainda ensanguenta o mundo”, mas o combate do martírio. 

“São Paulo tem uma única arma: a mensagem de Cristo e o dom de toda a sua vida por Ele e pelos outros. (...) O Bispo de Roma é chamado a viver e confirmar neste amor por Cristo e por todos, sem distinção, limite ou barreira. E não só o Bispo de Roma: todos vocês, novos arcebispos e bispos, têm a mesma tarefa: deixar-se consumar pelo Evangelho. A tarefa de não se poupar, sair de si a serviço do santo povo fiel de Deus.”

Por fim, o Sucessor de Pedro deve confirmar na unidade. Francisco se dirigiu diretamente aos Arcebispos para falar que a presença deles nesta cerimônia é o sinal de que a comunhão da Igreja não significa uniformidade e não só, é preciso reforçar a colegialidade: “Devemos caminhar por esta estrada da sinodalidade, crescer em harmonia com o serviço do primado”. 

Na Igreja, disse o Papa, a variedade sempre se funde na harmonia da unidade, como um grande mosaico onde todos os ladrilhos concorrem para formar o único grande desígnio de Deus. “E isto deve impelir a superar sempre todo o conflito que possa ferir o corpo da Igreja. Unidos nas diferenças. Não há outra estrada católica para nos unir. Este é o espírito católico, este é o espírito cristão: unir-se nas diferenças. Este é o caminho de Jesus!” 

Como é tradição desde 1969, uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla participou da celebração – presença que é retribuída por ocasião da Festa de Santo André, em 30 de novembro.

(BF)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/29/papa_e_bispos_devem_crescer_em_colegialidade,_afirma_francisco_n/bra-705913
do site da Rádio Vaticano 

PALIO

Saiba o que é o pálio



Cidade do Vaticano (RV) – No dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo, padroeiros da Igreja de Roma, o Papa Francisco presidiu na Basílica Vaticana à celebração Eucarística. 

Como é tradição, nesta cerimônia se realiza a imposição do pálio aos novos metropolitas. No total, este ano eram 35, mas na Basília havia 34, já que o Arcebispo de Hue, no Vietnã, não pôde estar presente e o receberá em sua sede metropolitana. 

O rito de imposição do pálio foi feito conforme estabelecido por Bento XVI em 2012, ou seja, foi realizado no início da celebração. O novo Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, leu a fórmula do juramento, Francisco abençoou os pálios e a seguir, um a um, os Arcebispos se ajoelharam diante do Papa para receber a faixa de lã sobre os ombros.

As informações exatas sobre a origem desta tradição não são precisas. Sabe-se, no entanto, que já no século IV o Papa usava este pálio. Provavelmente era uma insígnia imperial passada aos bispos. O pálio passa então a ser dado por Roma aos metropolitas, sobretudo na época de Gregório VII, logo após o ano mil, quando existia a necessidade de controlar a eleição de bispos. 

A partir daquele período, os metropolitas vinham a Roma receber o pálio. Posteriormente, ele passou a ser concedido também àqueles que não eram metropolitas, como um sinal de honra. Na década de 70, houve a reforma do pálio, desejada pelo Papa Paulo VI, por isso até hoje é concedido apenas aos metropolitas, no dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, justamente para evidenciar a ligação daqueles que carregam o pálio com a Sé Apostólica.

O simbolismo do pálio foi sendo enriquecido ao longo dos séculos. No início, ele teve um simbolismo sobretudo eclesial, isto é, em todo o primeiro milênio o pálio indicava a ovelha que estava perdida, e, portanto, significava o pastor que a carregava em seu ombro esquerdo. Está representado em toda a iconografia e em todos os mosaicos do primeiro milênio.

Posteriormente, ele mudou a forma: foi colocado ‘ad ipsilon’ sobre a pessoa que o usava e assumiu outro significado. As cruzes vermelhas (do Pontífice - os Arcebispos recebem com a cruz preta) assumiram o significado das chagas do Senhor. Os cravos assumiram o significado dos três pregos da crucificação. Assim, o pálio assumiu sobretudo um significado cristológico, do Cristo Bom Pastor. Hoje, há esses dois elementos juntos. 

O pálio é feito de lã, abençoada pelo Pontífice na festa de Santa Inês, e significa a ovelha perdida, leva os cravos e tem essas cruzes para significar que o Bom Pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas. 

(JE/BF)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/29/saiba_o_que_%C3%A9_o_p%C3%A1lio/bra-704846
do site da Rádio Vaticano 

ANGELUS:

"A Igreja se fundamenta no martírio, não no poder"



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco rezou ao meio-dia com os fiéis reunidos na Praça S. Pedro a oração do Angelus, por ocasião da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, padroeiros da Igreja e da cidade de Roma.

Na alocução de precedeu a oração mariana, o Papa recordou que esta festa – que no Brasil é celebrada neste domingo, 30 – não é só da Igreja de Roma, mas de toda a Igreja, porque todo o povo de Deus deve aos dois Apóstolos o dom da fé.

Pedro foi o primeiro a confessar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. E Paulo propagou este anúncio no mundo greco-romano. A Providência quis que os dois viessem a Roma e derramassem seu sangue pela fé. “Por isso, a Igreja de Roma se tornou imediatamente e de modo espontâneo o ponto de referência para todas as Igrejas espalhadas no mundo. Não pelo poder do Império, mas pela força do martírio, do testemunho oferecido! No fundo, é sempre e somente o amor de Cristo que gera a fé e leva avante a Igreja.”

O Papa acrescentou: “Queridos irmãos, , que alegria acreditar num Deus que é completamente amor e graça! Esta é a fé que Pedro e Paulo receberam de Cristo e transmitiram à Igreja. Como eles, deixemo-nos conquistar por Cristo”. 

Por fim, Francisco agradeceu a presença em Roma da delegação do Patriarcado de Constantinopla, e guiou os presentes na oração do Ave-Maria na intenção do Patriarca Bartolomeu I e de sua Igreja. Também pediu orações pelos Arcebispos metropolitanos aos quais entregou momentos antes o pálio, símbolo de comunhão e de unidade.

Depois do Angelus, o Papa saudou os peregrinos que vieram de todo o mundo para festejar seus Arcebispos, entre eles o Arcebispo de Bangui, na República Centro-Africana, Dom Dieudonné Nzapalainga. De modo especial, encorajou o povo centro-africano, duramente provado pelo conflito civil, a caminhar com fé e esperança. 

Neste dia em que é feriado em Roma, concluiu com “uma boa festa e bom almoço a todos”. 

(BF)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Missa em Santa Marta: devemos ser cristãos da alegria

Cidade do Vaticano (RV) – Papa Bergoglio celebrou, na manhã desta quinta-feira, na sua Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, uma Santa Missa, da qual participaram o Cardeal-arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno Assis, e outros bispos. Estavam presentes também os funcionários da Direção de Assistência da Saúde e Higiene do Vaticano. Como todos os dias, o Papa Francisco fez uma reflexão dando destaque ao “cristão, como portador da alegria”. E, comentando o Evangelho de Mateus, proposto pela Liturgia do dia, o Santo Padre disse:

“Na história da Igreja sempre houve duas classes de cristãos: aqueles só de palavras, que dizem “Senhor, Senhor...” e aqueles de ação e da verdade. Sempre houve a tentação de viver o nosso cristianismo fora da rocha, que é Cristo, o único que nos dá liberdade e nos sustenta nos momentos mais difíceis”.
Não devemos, disse o Santo Padre, ser cristãos separados da rocha, que é Cristo. Esses são cristãos só em palavras, como acontece hoje na Igreja. Existem dois tipos de cristãos: os “agnósticos”, que amam as palavras bonitas, e os “pelagianos”, que vivem um estilo de vida sério, até rígidos demais.

Trata-se de cristãos superficiais, afirmou o Papa, que acreditam em Deus de modo leviano. Logo, estes não são cristãos, mas mascarados de cristãos, que não têm alegria e o orgulho de verdadeiros cristãos.

E o Santo Padre concluiu: “Uns são escravos da superficialidade e outros escravos da rigidez e da não liberdade. Mas, é o Espírito Santo que nos dá a liberdade. E, hoje, o Senhor nos convida a construir a nossa vida na rocha, que é Ele: Ele nos dá a liberdade e nos envia o seu Espírito, para que possamos prosseguir a nosso caminho cristão com alegria”. (MT)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/27/missa_em_santa_marta:_devemos_ser_cristãos_da_alegria/bra-705289
do site da Rádio Vaticano

Audiência Geral: "Sejam pedras vivas da Igreja" Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco encontrou-se, na manhã desta quarta-feira, na Praça São Pedro, no Vaticano, com os inúmeros peregrinos e fiéis, provenientes das diversas partes do mundo, para a Audiência Geral.
Em sua catequese semanal, o Santo Padre refletiu sobre o tema: “A Igreja: templo do Espírito Santo”. De fato, uma das imagens que ilustra o mistério da Igreja é a de Templo de Deus. No Antigo Testamento, o Templo, construído por Salomão, era o lugar por excelência do encontro com Deus, pois ali estava conservada a Arca da Aliança, sinal da presença do Senhor no meio do seu povo.
Este Templo, porém, era a prefiguração da Igreja, que é a verdadeira Casa de Deus, disse o Papa:
“A Igreja é a Casa de Deus, o lugar da sua presença, onde podemos encontrar o Senhor; a Igreja é o Templo onde mora o Espírito Santo, que a anima, guia e sustenta. A pedra angular da Igreja é Cristo e todo cristão batizado é como uma pedra viva deste edifício espiritual.”O Espírito Santo, com seus dons, explicou depois o Papa, designa a variedade e a riqueza na Igreja e une tudo e todos, a ponto de construir um templo espiritual. Em tal construção, nós não oferecemos sacrifícios materiais, mas oferecemos a nós mesmos, a nossa vida. E o Papa continuou: “A Igreja não è um entrelaçado de coisas e de interesses, mas é o Templo do Espírito Santo, onde Deus atua; onde cada um de nós, mediante o dom do Batismo, se torna pedra viva. Isso significa que na Igreja, ninguém é inútil, ninguém é secundário ou anônimo: todos nós formamos e construímos a Igreja”.
Isto, porém, nos faz refletir, disse o Santo Padre, sobre o fato de que, se faltar o tijolo da nossa vida cristã, falta alguma coisa para embelezar a Igreja. E concluiu: “Peçamos a graça e a força ao Senhor, para que possamos estar unidos a Cristo, pedra angular, que sustenta a nossa vida e a vida de toda a Igreja”.
Ao término da sua catequese de hoje, Papa Francisco passou a cumprimentar os diversos grupos presentes, em diversas línguas. Eis o que disse aos fiéis de língua portuguesa: “
Queridos peregrinos de língua portuguesa, de modo particular os brasileiros de Goiânia e de Santa Maria. Sejam bem vindos! Saúdo-os como pedras vivas do edifício espiritual, que é a Igreja, encorajando-os a permanecer profundamente unidos a Cristo, para que, animados pelo seu Espírito, possam contribuir para a edificação de uma Igreja sempre mais bela. Abençôo todos vocês e as suas comunidades”. Por fim, o Santo Padre concedeu aos presentes a sua Bênção Apostólica. (MT)
FONTE: Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/26/audiência_geral:_sejam_pedras_vivas_da_igreja/bra-704883 do site da Rádio Vaticano

Pedro e Paulo

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)
Toda instituição e toda construção deve ter, como fundamento, uma base sólida, dando garantia e estabilidade para sua existência. São Pedro e São Paulo são pilares da Igreja, ambos martirizados em Roma e ali sepultados, um na Basílica de São Pedro, e outro, na de São Paulo fora dos muros.
 
Pedro representa a instituição Igreja, conforme as palavras de Jesus: “... eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja...” (Mt 16, 18). Paulo representa a missão da Igreja. É só olhar o livro dos Atos dos Apóstolos e encontrar suas viagens missionárias, indo ao encontro das comunidades cristãs. Celebrar a festa desses dois mártires significa revitalizar a Igreja na sua identidade e missão de ser um grande instrumento de construção do Reino de Deus. Sua força não está na aparência, no comodismo e no carreirismo, mas no martírio, no sacrificar-se pelo outro, no assumir a cruz, construindo vidas com dignidade.
 
O momento é de redescoberta da vocação missionária da Igreja. No mundo do desespero, da insegurança e da violência, ela deve ser sinal de esperança e de vida para o mundo. Sua marca verdadeira tem que ser o testemunho, o engajamento de seus membros, seguindo o exemplo de Pedro e Paulo na doação de vida. Ser Igreja é fazer uma opção de vida e ter um encontro com Aquele que é o autor da vida, Jesus Cristo. É construir esta realidade também no encontro com as pessoas, no exercício da cidadania e na vivência cristã. A Igreja deve ser instrumento desta ação, sendo canal de vida, de fraternidade, de vivência familiar e comunitária.
 
Paulo diz que combateu o bom combate, realizou sua tarefa numa entrega total aos objetivos da missão, completou a corrida e guardou a fé. Ele fez com que a boa nova do Senhor fosse anunciada com integridade e chegasse aos mais distantes do mundo conhecido de seu tempo. Anúncio que continua hoje na pessoa de quem se coloca ao serviço do Reino de Deus.
 

A Jornada está chegando!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Estamos na contagem regressiva para o grande momento da juventude mundial: a JMJ! As casas estão sendo ultimadas para acolher, a cidade se prepara com todas as logísticas para bem receber, os corações se abrem como os braços do Cristo Redentor para que todos se sintam em família aqui no Santuário Mundial da Juventude. Todos serão muito bem-vindos! O Papa Bento XVI já havia convidado os jovens do mundo, e o Papa Francisco renovou, com entusiasmo, o convite no último Domingo de Ramos! Eis os tempos que estão chegando!
 
Os jovens anseiam por tempos melhores e nós rezamos para isso: que eles sejam protagonistas de um mundo novo. Essa nova sociedade que deverá ser trabalhada com os valores do Evangelho que os jovens trazem no coração e na vida. As circunstâncias foram providenciais para que chegássemos até aqui com essas realidades que nos desafiam e nos remetem para o futuro com esperança. Aliás, este é o grande legado da JMJ: certeza de que os jovens renovem sua esperança e trabalhem, cada qual em sua realidade e cultura, por um mundo mais justo e humano. A pergunta feita no simpósio “Ratzinger” aqui no Rio de Janeiro era justamente essa: o que faz com que o ser humano seja realmente “humano”? Nestes tempos de tantas perguntas e necessidades, queremos ser também uma parcela dessa resposta.
 
Renovo o convite para a sua presença e participação na Jornada Mundial da Juventude. Renovo este convite em nome do Santo Padre, o Papa Francisco, que desde que assumiu o pontificado tem nos dado mostra de sua preocupação e opção pela vida, pela paz e contra todo tipo de atentado contra a vida. Essa sua opção nasce de uma profunda entrega de si pela humanidade, participando assim da íntima vida com Cristo Jesus. A denúncia de um mundo injusto está sempre nas preocupações do Santo Padre, e ele nos dá sempre a proposta para que as situações se transformem.
O Santo Padre, o Papa Francisco, em breve chegará aqui no Rio de Janeiro e espera por todos vocês para que, unidos a ele pela fé em Cristo Jesus, possamos entoar um canto, um grito pela vida, justiça e paz. “Desejo dirigir-lhes, mais uma vez ainda, um convite a todos a acolher e testemunhar o “Evangelho da Vida”, a promover e a defender a vida em todas as suas dimensões e em todas as suas fases. O cristão é aquele que diz “sim” à vida, que diz “sim” a Deus vivo”.
 
Caros jovens, não tenham medo de se abrir a Cristo, pois Cristo ama a todos vocês e quer contar com vocês na construção de uma nova sociedade. Neste Ano da Fé, o Santo Padre, o Papa Francisco, vem para este encontro com o objetivo de juntos encontrarmos com Cristo para fortalecer nossa fé e amizade com Ele. Em meio às transformações da sociedade, a Igreja tem consciência de que “as novas gerações são as mais afetadas por esta cultura do consumo em suas aspirações pessoais profundas... Em meio à realidade de mudança cultural emergem novos sujeitos, com novos estilos de vida, maneiras de pensar, de sentir, de perceber e com novas formas de se relacionar. São produtores e atores da nova cultura” (DA 51).
 
Portanto, a Jornada Mundial da Juventude é a oportunidade que o Santo Padre, o Papa Francisco, terá para refletir, apresentar e seguir a Cristo Jesus, que nos quer seus discípulos missionários, principalmente em meio aos jovens, que “representam um enorme potencial para o presente e futuro da Igreja. Os jovens são sensíveis para descobrir sua vocação a serem amigos e discípulos de Cristo. São chamados a ser “sentinelas da manhã”, comprometendo-se na renovação do mundo à luz do Plano de Deus. Não temem o sacrifício nem a entrega da própria vida, mas sim uma vida sem sentido. Por sua generosidade, são chamados a servir seus irmãos, especialmente os mais necessitados, com todo seu tempo e sua vida. Têm capacidade para se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer, do álcool e de todas as formas de violência. Em sua procura pelo sentido da vida, são capazes e sensíveis para descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz. Como discípulos missionários, as novas gerações são chamadas a transmitir a seus irmãos jovens, sem distinção alguma, a corrente de vida que procede de Cristo e a compartilhá-la em comunidade, construindo a Igreja e a sociedade “(DA443).
 
A JMJ é um momento profundo de busca da paz que só Cristo pode nos oferecer, como disse o Papa Francisco no Domingo de Ramos: para nós, cristãos, a fé deve ser vivida na alegria, em sintonia com a Cruz e um redobrado olhar para a juventude, futuro da Igreja. A Cruz é parte de um itinerário de vida. E é precisamente na Cruz que Jesus resplandece como Rei, mas um Rei que proclama a paz. Na Cruz, Jesus sente todo o peso do mal, mas com a força do Amor de Deus vence-o na sua ressurreição. Quando abraçamos a Cruz de Cristo com amor não somos inundados pela tristeza, mas pela alegria. Por isso, queridos jovens, conclamou-nos o Papa Francisco:  "imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele!  Vós levais a Cruz peregrina por todos os continentes, pelas estradas do mundo.  E o Papa termina com um convite, que é dele, que é nosso, que é da essência do cristianismo: "Levai a vossa Cruz, correspondendo ao convite de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre as nações" (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada da Juventude deste ano.
 
Vivemos um momento de mudança de época, quando os jovens se encontram como desafiados, buscando novas certezas. Entre elas está a de que é possível encontrar o cristianismo na vida. Pode ser uma delas que os oriente para a vida, para renovar-se e livrar-se das correntes do pecado e da morte que atingem todos nós, particularmente os mais jovens, que costumam ter a tentação mais perto quando não há ninguém para anunciar justamente que pode haver um caminho diferente para viver.
Venham, esperamos todos vocês de coração aberto! Venham fazer parte da grande manifestação pública da fé em Jesus Cristo! Seja você, meu querido jovem, participante deste momento único da JMJ Rio 2013!
 

Óbolo de São Pedro

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Todos os anos, por ocasião da Solenidade de São Pedro e de São Paulo, a Igreja Católica em todo o mundo comemora o Dia do Papa e, como um presente ao Sumo Pontífice, se une ao Santo Padre na tradicional coleta do óbolo de São Pedro. Neste ano as coletas serão realizadas nos dias 29 e 30 de junho, pois a solenidade dessas “colunas da Igreja” é transferida, no Brasil, para o final de semana. Ainda mais para nós que receberemos o Santo Padre no próximo mês, viver e celebrar o dia do Papa se reveste de uma alegria muito especial.
 
O “Óbolo de São Pedro” é a expressão mais emblemática da participação de todos os fiéis nas iniciativas de caridade do Bispo de Roma a bem da Igreja universal. “Trata-se de um gesto que se reveste de valor não apenas prático, mas também profundamente simbólico enquanto sinal de comunhão com o Papa e de atenção às necessidades dos irmãos; por isso, o vosso serviço possui um valor retintamente eclesial" (Discurso aos Sócios do Círculo de São Pedro, 25 de Fevereiro de 2006).
 
A Igreja Católica nunca poderá ser dispensada da prática da caridade enquanto atividade organizada dos crentes, como, aliás, nunca haverá uma situação onde não seja necessária a caridade de cada um dos indivíduos cristãos, porque o homem, além da justiça, tem e terá sempre necessidade de amor.  Trata-se de uma ajuda que é sempre animada pelo amor que vem de Deus. O programa do cristão – o programa do bom Samaritano, o programa de Jesus – “é um coração que vê”. Este coração vê onde há necessidade de amor e atua em consequência.
 
O Beato João Paulo II, tão querido dos brasileiros e que amava muito a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, alertou, com propriedade, que a função de manutenção do trabalho do Papa é de todos os fiéis que, de maneira livre e generosa, ajudam na manutenção da obra evangelizadora: "A base primeira para a manutenção da Sé Apostólica deve ser constituída pelas ofertas dadas espontaneamente pelos católicos de todo o mundo, e eventualmente também por outras pessoas de boa vontade. Isto corresponde à tradição que tem origem no Evangelho (Lc 10,7) e nos ensinamentos dos Apóstolos (1 Cor 11,14)". (Carta de João Paulo II ao Cardeal Secretário de Estado, 20 de Novembro de 1982).
 
A primeira forma de contribuir é participar das celebrações em honra dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, dedicando suas orações pelo Santo Padre Francisco, por suas necessidades e por toda a Igreja de Cristo, sobretudo os mais necessitados da especial atenção, cuidados e auxílio fraterno do Sumo Pontífice, como disse o próprio Papa: "aqueles que vivem na periferia" e precisam da solicitude pastoral do Sumo Pontífice. Isso renova espiritualmente o vínculo de fé, de esperança e de amor que nos une em Cristo.
 
A segunda forma de contribuir é mais efetiva e nos compromete diretamente através da oferta material que se faz no ofertório da Santa Missa em todas as celebrações realizadas na Solenidade dos Santos Apóstolos. Nesse sentido, exorto o povo de Deus a colaborar generosamente com o "Óbolo de São Pedro", demonstrando assim nossa afetiva unidade com o serviço do Pastor Universal da Igreja de Cristo.
 
A terceira forma de contribuir é ajudar a divulgar o Óbolo de São Pedro, esclarecendo e orientando os que ainda não conhecem esta iniciativa e motivando os que já conhecem, mas não colaboram de modo efetivo. É dar ao Papa a possibilidade de ajudar as pessoas e situações de necessidade espalhadas pelo mundo.
 
O Papa João Paulo II lembrou que: “Conheceis as crescentes necessidades do apostolado, as carências das comunidades eclesiais especialmente em terras de missão, os pedidos de ajuda que chegam de populações, indivíduos e famílias que vivem em precárias condições. Muitos esperam da Sé Apostólica uma ajuda que, muitas vezes, não conseguem encontrar noutro lugar” (João Paulo II ao Círculo de São Pedro, 28 de Fevereiro de 2003).
 
O Papa Emérito Padre Bento XVI reafirmou que “a Igreja nunca poderá ser dispensada da prática da caridade enquanto atividade organizada dos fiéis. Por isso, é muito importante que a atividade caritativa da Igreja mantenha todo o seu esplendor e não se dissolva na organização assistencial comum” (Deus Caritas Est). As ofertas dos fiéis para o Santo Padre destinam-se, pois, a obras eclesiais, a iniciativas humanitárias e de promoção social, além da manutenção e sustento das atividades da Santa Sé Apostólica, da qual todos os batizados são corresponsáveis.
 
Sejamos, pois, generosos na Solenidade de São Pedro e São Paulo não só dando a nossa generosa oferta para as atividades do Santo Padre, mas fazendo um redobrado esforço para que os que não conhecem estas necessidades da Igreja colaborem com o Óbolo de São Pedro. Que os Apóstolos Pedro e Paulo recompensem todos os que, conscientemente, ajudam a missão do Sucessor do Apóstolo Pedro, Amém!
 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Na Missa, Papa exorta a amar e perdoar os inimigos

Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco celebrou Missa, esta manhã em sua Capela particular, na Casa Santa Marta, da qual participaram, entre outros, o Cardeal Giuseppe Versaldi, acompanhado de um grupo de colaboradores da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, e alguns funcionários do Museu Vaticano.

Em sua homilia o Santo Padre recomendou aos presentes o mandamento de Jesus “amar ao próximo, como a nós mesmos”. Isso é difícil, disse o Papa, mas é o que Jesus exige. De conseqüência, ele nos pede também para amar nossos inimigos e rezar por eles, a fim de que se convertam.

Diante dos dramas da humanidade, hoje, o Papa levantou diversas questões: como podemos amar aqueles que tomam a decisão de cometer atentados contra a vida, matando tantas pessoas? Como perdoar aqueles que, por amor ao dinheiro, impedem que cheguem remédios às pessoas idosas, deixando-as morrer? Ou como perdoar aqueles que correm atrás dos próprios interesses e do próprio poder? Como amar nossos inimigos?
E o Papa Francisco respondeu: até nós mesmos podemos ser inimigos dos outros. Não é fácil perdoar-lhes. Jesus é exigente conosco e nos pede para ir mais além: ele não nos pede apenas para amar, mas para “sermos perfeitos como o nosso Pai, que está no Céu”. Somente assim, concluiu o Papa, obteremos a graça e a riqueza da salvação! (MT)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/18/na_missa,_papa_exorta_a_amar_e_perdoar_os_inimigos/bra-702631
do site da Rádio Vaticano

Três Arcebispos brasileiros receberão o Pálio na Solenidade de São Pedro e São Paulo


Cidade do Vaticano (RV) – No dia 29 de junho, dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Francisco presidirá na Basílica de São Pedro à celebração Eucarística com a imposição do Pálio a 35 metropolitas. Entre eles estão 3 brasileiros: Dom Antônio Carlos Altieri S.D.B., Arcebispo de Passo Fundo, Dom Sérgio Eduardo Castriani, C.S.Sp., Arcebispo de Manaus e Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto. A Rádio Vaticano transmitirá a celebração com comentários em português a partir das 4hs20min, horário de Brasília.

O rito de imposição do Pálio permanece como estabelecido por Bento XVI em 2012, ou seja, será realizado no início da celebração.

As informações exatas sobre a origem desta tradição não são precisas. Sabes-se no entanto que já no século IV o Papa usava este pálio. Provavelmente era uma insígnia imperial passada aos bispos. O pálio passa então a ser dado por Roma aos metropolitas, sobretudo na época de Gregório VII, logo após o ano mil, quando existia a necessidade de controlar a eleição de bispos.

A partir daquele período, os metropolitas vinham a Roma receber o pálio. Posteriormente, ele passou a ser concedido também àqueles que não eram metropolitas, como um sinal de honra. Na década de 70, houve a reforma do pálio, desejada pelo Papa Paulo VI, por isso até hoje é concedido apenas aos metropolitas, no dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, justamente para evidenciar a ligação daqueles que carregam o pálio com a Sé Apostólica.

O simbolismo do Pálio foi sendo enriquecido ao longo dos séculos. No início, ele teve um simbolismo sobretudo eclesial, isto é, em todo o primeiro milênio o pálio indicava a ovelha que estava perdida, e, portanto, significava o pastor que levava a ovelha em seu ombro esquerdo. É o pálio que é encontrado em toda iconografia e em todos os mosaicos do primeiro milênio.

Posteriormente, ele mudou a forma: foi colocado ‘ad ipsilon’ sobre a pessoa que o usava e assumiu outro significado. As cruzes vermelhas assumiram o significado das chagas do Senhor. Os cravos assumiram o significado dos três pregos da crucificação. Assim, o pálio assumiu sobretudo um significado cristológico, do Cristo Bom Pastor. Hoje temos esses dois elementos juntos. O pálio é feito de lã e significa a ovelha perdida, leva os cravos e tem essas cruzes para significar que o Bom Pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas. (JE)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/25/três_arcebispos_brasileiros_receberão_o_pálio_na_solenidade_de_sã/bra-704846
do site da Rádio Vaticano

Papa: "Ser cristão não é uma casualidade, mas um chamado de amor"


Cidade do Vaticano (RV) – Ser cristão é um chamado de amor, um chamado a se tornar filhos de Deus. Foi o que destacou o Papa Francisco na Missa desta manhã, na capela da Casa Santa Marta.

A Missa foi concelebrada pelos Cardeais Robert Sarah e Camillo Ruini e pelo Pe. José Gabriel Funes, Diretor da Specula Vaticana, entre outros.

Na homilia, o Papa se inspirou na primeira leitura, extraída do Livro do Gênesis, onde se narra a discussão entre Abraão e o primo Lot sobre a divisão da terra. “Quando eu leio essa passagem, penso no Oriente Médio e peço muito ao Senhor para que nos dê a todos a sabedoria. Não briguemos pela paz”, disse o Papa, que indicou Abraão como modelo do nosso percurso:

“Abraão parte da sua terra com uma promessa: todo o seu caminho é ir em direção a esta promessa. E o seu percurso é um modelo para o nosso. Deus chama Abraão, uma pessoa, e dessa pessoa faz um povo.”

No Livro do Gênesis, encontramos que Deus cria sempre no plural, as plantas, os animais, as estrelas. O homem, todavia, está no singular. Deus nos fala sempre no singular, porque nos criou à sua imagem e semelhança. Ele falou a Abraão e lhe fez uma promessa, convidando-o a sair de sua terra. “Nós cristãos somos chamados no singular: nenhum de nós é cristão por acaso. Ninguém!”

Deus nos chama por nome, com uma promessa, de que estará sempre conosco, inclusive nos momentos mais difíceis. Esta é a segurança do cristão, não é uma causalidade, é um chamado! Um chamado que nos faz prosseguir. Ser cristão é um chamado de amor, de amizade; um chamado a nos tornar filhos de Deus, irmão de Jesus. Existem muitos problemas, momentos difíceis: Jesus passou por isso, mas sempre com esta segurança de que o Senhor me chama e está comigo.

“Esta certeza do cristão nos fará bem. Que o Senhor nos dê, a todos nós, esta vontade de ir avante, a mesma que teve Abraão. Em meio aos problemas, prosseguir com a certeza de que Ele me chamou, que me prometeu tantas coisas belas e está comigo!”
(BF)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/25/papa:_ser_cristão_não_é_uma_casualidade,_mas_um_chamado_de_amor/bra-704619
do site da Rádio Vaticano

Será que foi suficiente?

Dom Aloísio Roque Oppermann
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)

A convulsão social que se aninhou em nossa pátria, nas últimas semanas, é coisa nunca vista em país tropical. Aparentemente é resultado de um inconsciente coletivo, protagonizado pela classe média, com objetivos que se foram clarificando com o correr do tempo. A multidão nem sempre sabia para onde ir. Em alguns momentos chegou a lembrar a tomada da Bastilha, da revolução francesa. Vamos partir do princípio de que o movimento, nas suas intenções, é válido. Os manifestantes quiseram dizer: agora chega; vocês são uns aproveitadores; as lideranças não tem interesse pelo povo; vocês são uns podres. É claro que os anarquistas (que não foram tão poucos), encontraram ambiente para expressar o tipo de governo impossível que desejam. Jesus, nosso eterno modelo, amou a sua pátria, como narra o evangelista: “chegando e vendo a cidade de Jerusalém, chorou sobre ela” (Lc 19, 31). Nós não chegamos ao ponto de prever uma catástrofe nacional. Mas estamos prevendo que muita gente vai “matar a bola no peito”. Explico-me.

Todos os dirigentes públicos, de qualquer nação, precisam fechar as atenções em cima de um “projeto de nação”. São os planos de desenvolver objetivos de bem comum, referentes à saúde pública, à educação da nova geração, de fortalecimento da moeda, da produção industrial e agrícola, de segurança na liberdade de ir e vir, de proteger a livre iniciativa dos cidadãos, de combater a corrupção. O que se vê, muitas vezes, é uma ardorosa retórica em cima desses pontos. Mas só válidos enquanto estiverem a serviço do segundo projeto, esse 

sim
, o dinamizador de todas as atividades. Trata-se do “projeto de poder”. Tudo é feito para seqüestrar as atenções da população, e garantir a próxima eleição. As ações devem produzir impactos eleitoreiros. Qual é o real perigo a que estamos expostos? É que as lideranças entenderam muito bem o que o povo deseja pelas suas manifestações. Querem uma seriedade total no projeto de nação. Querem dirigentes de nação que sejam estadistas. Mas os espertos vão torcer a vontade popular, modificando rapidamente o seu projeto de poder, fazendo de conta que o levante popular não é com eles.

Francisco: “Desenvolvimento sim, mas sem destruir o que é de Deus”

Cidade do Vaticano (RV) – Na homilia da missa inaugural de seu pontificado, o Papa Francisco reiterou o exemplo de São Francisco de Assis de respeitar todas as criaturas de Deus e o ambiente em que vivem. Lançando um apelo aos governantes e a todas as pessoas para que cuidem do meio ambiente, o Papa pediu a defesa dos mais fracos da sociedade, alertando que o caminho contrário leva à morte e à destruição. Em outras palavras: Desenvolvimento sim, mas sem destruir o que é de Deus.

Dirigindo-se a cerca de 200 mil pessoas e a muitos dignitários estrangeiros reunidos na Praça de São Pedro, o Papa argentino salientou a mensagem que tem sido constante: que a missão da Igreja é defender os pobres e os desprivilegiados.
O Papa disse que sempre que os seres humanos deixam de cuidar do meio ambiente ou uns dos outros, “abre-se o caminho para a destruição, e os corações se endurecem. Tragicamente, em cada período da história, há os herodes que tramam a morte, causam a destruição e deturpam o semblante de homens e mulheres”.

Papa Francisco não fala de situações abstratas: a dicotomia meio-ambiente/trabalho, este relacionado sempre à dignidade, é concreta e se verifica em muitas partes do mundo de hoje. Um caso é o da cidade italiana de Taranto, onde os riscos à saúde provocados pela produção siderúrgica criam uma situação de impasse. O Arcebispo, Dom Filippo Santoro, reitera a ideia do Pontífice de que o lucro não pode ser visto como uma prioridade, e lança idéias alternativas de produção, onde emprego, produtividade e respeito à natureza caminham juntos. Ouça, clicando acima.

Fonte: http://www.arquidiocesedefortaleza.org.br/atualidades/noticias/francisco-desenvolvimento-sim-mas-sem-destruir-o-que-e-de-deus/

segunda-feira, 24 de junho de 2013

São João Batista, o Reino vem chegando!


Dom Roberto Francisco Ferreira Paz
Bispo Diocesano de Campos (RJ)

O mês de junho é animado e iluminado pela Natividade de João Batista, o precursor e o batedor dos caminhos de Deus. Coube-lhe a missão de preparar um povo justo e integro para a chegada do Salvador. É o homem do deserto, da pureza da Aliança, que conclama para a conversão de vida e a endireitar as estradas e rumos da existência.

Seu perfil de profeta, mártir, celibatário e consagrado para ser a voz o microfone da verdadeira Palavra e a lâmpada da Luz Eterna, faz ressoar ainda hoje na Igreja seu chamado a santidade e a justiça. Ele era uma presença incomoda e interpeladora para a corte do rei Herodes, e para seus asseclas. Nestes dias em que parece assomar uma reação a corrupção generalizada e ao maquiavelismo político reinante, celebrar a memória de São João Batista é um verdadeiro estímulo para passar a limpo o pais, para passar da ficha limpa dos candidatos a ficha nova de lideranças e partidos não atrelados ao marasmo e a impudica do poder.

Fazendo ecoar o grito do Espírito Santo, que quer renovar estruturas e instituições, trazendo transparência e controle social, abrindo novos canais de participação e decisão. Chegou a hora de escutar o convite mobilizador do Batista a uma renovação total da nossa vida, inspirando novas formas de exercício do poder-serviço, novos relacionamentos, que nos façam passar da condição de súbditos e de platéia passiva a de protagonistas e gestores da história.

Que São João Batista nos leve ao resgate do sentido da vida e a seu pleno respeito, a fortaleza do vinculo conjugal e familiar, a lutar por uma educação de qualidade, saúde e atendimento médico-hospitalar para todas as pessoas, trabalho digno e decente, e uma democracia adulta e participativa. Que a chegada do Reino que o Precursor preparou e antecipou, traga mudanças profundas em nossa querida Pátria, para não sermos famosos somente pelo futebol, mas pela coragem cívica, pelo amor a verdade e a soberania da Nação, pela fidelidade aos princípios cristãos. Que a Terra da Santa Cruz seja o que deve ser ! 
Deus seja louvado!

"Os jovens que saem às ruas também participarão da JMJ": ouça Dom Leonardo


Brasília (RV) - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) promovem nesta segunda-feira, 24, às 10h, um ato público em apoio às reivindicações da sociedade que ecoam nas ruas.

Haverá o lançamento de um anteprojeto de lei de iniciativa popular, para a coleta de um milhão e meio de assinaturas, com o objetivo de obrigar o Congresso a votar imediatamente reivindicações como a reforma política que ataque a corrupção eleitoral e assegure liberdade ampla na internet; além de estimular a instalação de Comitês de Controle Social dos Gastos Públicos, inclusive sobre gastos da Copa de 2014 e sobre planilhas de tarifas de transporte coletivo.

O ato também tem o objetivo de obrigar o governo a ampliar o investimento em saúde e educação, com a fixação de 10% do orçamento geral da União e do PIB destinado a cada uma dessas áreas. E, ainda, a criação urgente de um Código de Defesa dos Usuários dos Serviços Públicos. O evento será realizado no plenário da sede da OAB, em Brasília.

Os três temas principais que constarão do anteprojeto de lei de reforma política são a defesa do financiamento democrático das campanhas, do voto transparente e da liberdade de expressão na internet. "Não adianta apenas se queixar da corrupção sem combater a raiz do problema, que é a forma de financiamento das campanhas eleitorais no Brasil", afirmou o presidente nacional da OAB Marcus Vinicius, por meio de nota. "Defendemos o financiamento democrático das campanhas, para que todos os políticos tenham um mínimo de estrutura para apresentar suas ideias sem se submeter a relações espúrias com empresas", acrescentou.

Na sexta-feira passada, a presidência da CNBB se reuniu com a Presidente Dilma. Sobre este encontro, cujo tema principal foi a Jornada Mundial da Juventude, a Rádio Vaticano entrevistou o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner: RealAudioMP3

(BF/Estadão)