quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A Transfiguração


padre-Brendan200No dia 6 de agosto deste ano estamos celebrando a Festa da Transfiguração de Jesus. Esta festa é baseada nos relatos dos evangelistas Mateus (17,1), Marcos (9,2) e Lujcas (9, 28), segundo os quais Jesus subiu com Pedro, Tiago e João ao Monte Tabor e aí se transfigurou perante eles. Moisés e Elias lhes apareceram conversando com ele. Ouviu-se então uma voz que disse: “Este é meu Filho bem-amado em quem me comprazo, ouvi-o”. Sabemos que esta festa existiu no século V, e foi estendida pelo Papa Calisto III a toda a cristandade em memória da vitória das tropas cristas contra os turcos que ameaçavam a liberdade de uma boa parte da Europa (1457).
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A nuvem e a luz são dois símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as manifestações de Deus (teofanias) no Antigo Testamento a nuvem, ora escura ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua Glória, como, por exemplo, aconteceu com Moisés sobre a montanha do Sinai e com Salomão por ocasião da dedicação do Templo etc. Na Transfiguração a Santíssima Trindade inteira se manifesta: o Pai na voz; o Filho no homem; e o Espírito Santo na nuvem.

Vivemos num tempo de materialismo desenfreado, assim, é necessário reforçar a dimensão mística de nossa fé. Não temos aqui morada definitiva, por isso, não devemos parar aqui em tendas construídas por nós mesmos, nem que sejam tendas dedicadas a Jesus e aos seus santos. A significação desta festa é contemplar com respeito e adoração Cristo Deus encarnado. Ver na Transfiguração a imagem de nossa futura transformação, pois acreditamos que nosso Salvador um dia vai transformar nosso pobre corpo mortal à semelhança de seu corpo glorioso. Portanto, precisamos trabalhar constantemente visando à nossa transfiguração, pela prática de uma vida espiritual exemplar. A Transfiguração coloca-nos num clima de compreensão do sentido da existência humana a partir da compreensão de Jesus: da sua pessoa, de sua missão redentora, aceitando-o como caminho e verdade.

Por: Pe. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista.

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