“Os
leigos não só fazem parte da Igreja, mas são a Igreja”. (Papa Pio XII). Com esse
pensamento queremos afirmar que estamos vivendo um tempo propício para alargar e
fortalecer a compreensão de ser Igreja, com base no Vaticano II, nas palavras do
Papa Francisco e nas exigências dos novos tempos.
Essa visão nos leva a fazer uma memória bastante
significativa, neste momento, pois o Conselho Arquidiocesano de Leigos
prepara-se para celebrar, em novembro próximo, quinze anos de presença ativa na
Arquidiocese de Fortaleza. É uma alegria sentirmos fidelidade e compromisso aos
objetivos traçados, de todos que “puseram a mão no arado” sem preocupação com as
dificuldades e desafios, mas impulsionados pelo entusiasmo de servir.
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Vale, portanto, retomar um pouco a história e
recordar que até os anos 60 a Ação Católica era um espaço concreto e forte no
processo de organização dos leigos católicos do Brasil. Ainda nessa década,
muita coisa mudou e alguns ramos foram extintos deixando um vazio, embora,
outros por terem ligações internacionais tenham continuado existindo até
hoje.
Essa memória, nos dá conta de que de 1964 a 1975,
os leigos ficaram sem um organismo de representação nacional, apesar de já ter
se passado uma década de conhecimento das publicações do Concílio Vaticano II as
quais apontavam para importantes mudanças eclesiológicas, incentivando assim, os
leigos a se organizarem, retomando sua caminhada de leigos, agora Povo de Deus,
concebido pelo Concílio em referência.
Diante disso, assim nos conta o CNLB, “nos dias
15 e 16 de novembro de 1975, reunidos em Assembléia Geral, na Casa Nossa Senhora
da Paz , No Rio de Janeiro, os representantes credenciados das entidades de
leigos, vinculados à Igreja Católica, no Brasil, nomeados na Ata da referida
Assembléia, deliberaram sobre a constituição do Conselho Nacional de Leigos, na
qual se fez presente para apoiar e estimular o então presidente da CNBB e do
CELAM, D. Aloisio Lorscheider”.
Foi então que, em 1976, numa grande Assembléia de
Movimentos e Associações, nasceu o CONSELHO NACIONAL DE LEIGOS, aprovando o
primeiro estatuto e a primeira diretoria, desenvolvendo suas atividades até hoje
e estimulando a criação dos Regionais e Diocesanos.
Com a chegada de D. Aloísio a Fortaleza, a
articulação dos leigos tomou grande impulso, pois já existia uma boa animação
dos leigos apoiada por D. Miguel Câmara, então Bispo auxiliar. O desejo de Dom
Aloísio era ver os movimentos colocarem as suas forças a serviço da ação
evangelizadora da Arquidiocese. Sua vontade e entusiasmo era tão grande que ele
mesmo foi responsável por vários cursos para a formação dos leigos que se
colocaram a serviço.
Com esse apoio os leigos continuaram se
organizando em sintonia com o Conselho Nacional, e em conseqüência dessa vontade
de assumir um novo jeito de ser Igreja, com base no Vaticano II, amplamente
divulgado, a Arquidiocese de Fortaleza realizou em 7 e 8 de novembro de 1998, a
sua primeira Assembléia de Leigos ocasião em que foi fundado e constituído o
Conselho Arquidiocesano de Leigos-CAL. A partir desse momento o CAL procurou
articular os leigos, promover cursos de formação, animar a celebração do Dia
Nacional do Leigo, comparecer a encontros nas várias instâncias e ser presença
atuante entre as forças vivas da Arquidiocese.
Só temos a agradecer a Deus por esse tempo
celebrativo e afirmar aos nossos leitores que aguardem convite para a Semana do
Leigo (18 a 24-novembro), que sairá em breve, na qual devemos partilhar com
todos que assumiram o desafio da organização e articulação do Laicato, a semente
que foi plantada para “ser parte do Povo de Deus, numa Igreja participação e
comunhão para a transformação do mundo”.
Por Elenise Mesquita – Conselho Arquidiocesano de
Leigos (CAL
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