Imagens que dificilmente serão esquecidas, entre as quais a do Papa
de pé no muro de separação, o seu abraço com Bartolomeu I, o acordo estabelecido
com os líderes da Palestina e Israel sobre a paz. Um primeiro balanço da visita
do Papa Francisco em Terra Santa, é feito pelo responsável da comunicação social
da viagem, padre David Neuhaus:
Três imagens
muito fortes.
A primeira é a do
Papa no Muro de Belém,
onde ele tocou a
dor do povo da Palestina
... E não apenas lá; e
depois o gesto
inesperado ...
ele que se põe a rezar
junto daquele muro, esta
ferida na nossa terra
... É uma
imagem fortíssima, toca a
dor do povo palestino. A
segunda imagem é a do
Papa com o Patriarca.
Este encontro era previsto, mas quando
aconteceu foi um momento muito forte,
um momento de esperança
enorme para esta ferida
no rosto da Igreja, esta
divisão não apenas com os nossos irmãos
e irmãs ortodoxos, mas com todos os
outros cristãos nós estamos a caminho
da
cura.
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Pode-se, portanto, realizar o
sonho de unidade?
Temos que
acreditar. Estes dois
homens deram-nos a provas de que
eles acreditam. Todo o
encontro foi maravilhoso,
especialmente a imagem
dos dois homens que rezam
juntos diante do
túmulo. A terceira imagem
é a do Papa
no Yad Vashem;
também esta muito
forte. Este grito,
porque não se tratou de um discurso,
mas um grito
poético: "Onde estás ó
homem? Onde estás
Adão?". A memória desta imagem é
fortíssima! Naquele momento ele
tocou a dor
do povo hebraico e
uma ferida no rosto da
humanidade. São estas as
três imagens que eu acho serem
fortíssimas. Nós agora vamos rever
toda a viagem para entendermos
mais profundamente a
mensagem e os gestos na
continuidade de Paulo
VI, João Paulo II e Bento
XVI: estamos realmente muito
felizes por estas quatro
viagens nos colocarem no
caminho da Igreja: vocação e
missão.
A coisa importante desta viagem foi a convocação de um
encontro de oração e pde az no Vaticano, na sua casa - como disse o Papa - entre
Abu Mazen e o presidente Shimon Peres. Para si, o Papa a partir daqui, desta
Terra Santa, está a estabelecer a diplomacia da
oração?
Acho que
é muito importante. Havia
muitos jornalistas que
dissera: "O Papa
agora desempenhar o
papel em que
Kerry falhou!
O Papa toma, portanto, o lugar
de
Kerry?". E
eu: "Não, o
Papa introduz uma outra dimensão
para a busca da paz"
... uma dimensão
muitas vezes esquecida,
mas que para nós é
talvez a mais importante: a oração. E
esta é a tarefa do
Papa! "Queridos
palestinos e israelitas, coloquemo-nos diante de
Deus! Nós tentamos
e não conseguimos
inaugurar um período de
diálogo. O que vai acontecer
se nos colocarmos diante de Deus
em oração, no silêncio,
perguntando-nos: quem sou eu diante
deste Deus?". Creio que
aqui não se trata de diplomacia ou de
política, mas de
espiritualidade jesuíta
puro!
FONTE: RADIO VATICANO
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